- Alessandra Formagini
Futsal feminino: o esforço de fazer acontecer
Atualizado: Jan 16
Em uma sociedade que não valoriza o esporte feminino igualmente como o masculino, é necessária uma força hercúlea para fazer acontecer. Em 2020, com a pandemia do novo coronavírus, a dificuldade multiplicou e fez muitas equipes e competições femininas caírem por terra neste ano.
No Rio Grande do Sul, aos 45 minutos do segundo tempo, a taça de donas do Estado foi definida no último fim de semana. A alternativa encontrada pela Liga Gaúcha foi a realização da disputa em sede única, dentro de 48 horas – o que facilita o deslocamento, custos e também reduz as chances de transmissões da Covid-19.

Na disputa, uma das marcas da pandemia: apenas quatro equipes disputaram a competição: a sediante Celemaster, Luma, Boa Parada e Palestra. Quatro equipes que, com coragem, resistiram a um ano marcado por desistências e jogos cancelados.
Na fronteira com a Argentina, o local escolhido foi Uruguaiana. Não é à toa: é o berço de destaques e tem nome forte no futsal feminino. E a taça não pode ficar em outro lugar, senão lá mesmo. O título foi garantido com vitória por 13 a 0 sobre o Palestra. Antes disso, foram outras duas vitórias no quadrangular: 5 a 1 contra o Boa Parada e 6 a 1 contra o Luma. Ainda, a equipe também levou o troféu de craque da final, com Ana Clara.
Para o futsal feminino é mais do que uma taça guardada no armário. É a prova de resistência que a modalidade ainda vive, apesar de sufocada por condições financeiras ou protocolos sanitários – vislumbrando talvez um 2021 mais numeroso em equipes e mais valorizado em números.
É, assim como ser mulher nos dias de hoje, renascer a cada dia.